O líder da Líbia, Muammar Kadhafi, afirmou neste domingo (21), em meio à aproximação das forças rebeldes, que ficará em Trípoli "até o fim".
Em um pronunciamento de áudio transmitido pela TV estatal, Kadhafi pediu que seus apoiadores em todo o país ajudem a liberar a capital da ofensiva rebelde, e afirmou que sairá vitorioso da batalha.
Os grupos rebeldes se aproximam de Trípoli neste final de semana, e já teriam tomado o controle de um quartel às portas da capital do país. Um grupo de 200 rebeldes teriam chegado à cidade neste domingo em barcos, vindos da cidade de Misrata.
Também neste domingo, as forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) teriam bombardeado o complexo de Bab al-Aziziya, no centro de Trípoli, capital da Líbia, de acordo com a rede de televisão "Al Jazeera". O complexo fortificado é o "quartel residência" do líder Muammar Kadhafi. A mesma rede de TV afirmou que as forças rebeldes que tentam avançar sobre Trípoli teriam matado 31 membros das forças de Kadhafi. Outros 42 teriam sido detidos.
Mais cedo, o ministro da Informação do governo líbio, Moussa Ibrahim, confirmou que "pequenos" grupos de rebeldes invadiram a capital do país, mas afirmou que foram detidos por tropas pró-Khadafi.
Segundo Ibrahim, Muammar Kadhafi continua governante do país e a capital Trípoli está protegida. Ele afirmou que entre os presos há argelinos, tunisianos e egípcios. Os comentários foram mostrados pela televisão estatal. Ibrahim renovou o apelo aos rebeldes para que se rendam, dizendo que seriam perdoados mesmo que "matassem nossos parentes".
"Eu garanto aos líbios que Kadhafi é o seu líder e que Trípoli está cercada por milhares de pessoas para defendê-la", disse o ministro.
Dias contados
Um porta-voz da Casa Branca afirmou que o governo dos Estados Unidos acredita que o comando de Muammar Kadhafi na Líbia está chegando ao fim.
"Nós acreditamos que os dias de Kadhafi estão contados, e que o povo líbio merece um futuro justo, democrático e pacífico", afirmou Josh Earnest.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou que Kadhafi deve renunciar sem demora "ao que lhe resta de poder", para evitar que a população tenha "novos sofrimentos inúteis"
*Com informações da Reuters, France Presse, EFE e Associated Press
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